Clubes nas Copas

maio 5, 2010

Times que serviram de base para seleções que fizeram história em Copas do Mundo

HONVÉD/ HUNGRIA de 54

Em 1949 Gusztav Sebes era Ministro do esporte e técnico da seleção da Hungria quando assumiu o controle do Honved, o time do exército húngaro. A equipe já contava com Puskas e Bozsik. Para transformá-la na base da seleção, Sebes recrutou Kocsis, Czibor, Budai, Lorant e Grosics de outros times húngaros. Tanto entrosamento resultou no maior saldo de gols (17) e maior número de gols marcados (27) de uma Copa do Mundo.

AJAX/ HOLANDA de 74

Entre 1965 e 71 o técnico Rinus Michels desenvolveu no Ajax o Futebol Total. Bastou vestir Johan Cruyff, Johan Neeskens, Ruud Krol, John Rep, Arie Haan e Win Suurbier de laranja e metade do time holandês para a Copa de 74 estava pronto. Faltaram à Laranja Mecânica os títulos que sobraram ao Ajax: 4 nacionais, 3 europeus consecutivos e um mundial. Ao lado da Hungria de 54 é lembrado como o melhor time a não ganhar uma Copa.

BAYERN DE MUNIQUE/ ALEMANHA de 74

A dinastia do Ajax foi sucedida pela do Bayern de Munique, campeão europeu de 74, 75 e 76. A passagem do cetro aconteceu no Estádio Olímpico de Munique, quando Sepp Maier, Paul Breitner, Gerd Muller, Franz Beckenbauer, Uli Hoeness e Hans-Jorg Schwarzenbeck venceram a Holanda na final da Copa do Mundo, pouco mais de um mês após a conquista do campeonato europeu. Os 3 gols do jogo foram marcados por atletas do Bayern ou do Ajax.

RIVER PLATE/ ARGENTINA de 78

Campeão argentino de 75 e 77, finalista da Libertadores de 76, o River teve 5 jogadores no plantel argentino, alguns com papeis fundamentais para a conquista do mundial: o goleiro Fillol e o capitão Passarella disputaram cada minuto dos 7 jogos. O atacante Luque foi vice-artilheiro do time e o meia Ortiz ganhou titularidade nos jogos decisivos. Já o meia Alonso foi convocado apenas por pressão de membros da ditadura.

JUVENTUS/ ITÁLIA de 82

Assim como em 82, a Itália vai para a Copa de 2010 com o goleiro, os dois zagueiros e o lateral esquerdo da Juventus. Os lugares que hoje são de Buffon, Cannavaro, Chiellini e Grosso, há 28 anos eram de Dino Zoff, Gentile, Scirea e Cabrini. Para a campanha do tri a Juve cedeu ainda o meia Marco Tardelli e nosso querido Paolo Rossi. 9 dos 12 gols italianos naquele mundial foram marcados por jogadores bianconeri.

PS.: Uma versão desse texto pode ser encontrada na página 94 da revista Placar de maio de 2010.